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A IA e o futuro da música

Indústria da música e dos audiovisuais pode vir a perder 22 mil milhões de euros em cinco anos.

Os dados e estatísticas foram partilhados pela CISAC (Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores). Na sua base está um estudo inédito sobre o impacto, nos próximos anos, da inteligência artificial nas indústrias da música e dos audiovisuais. 

Segundo este estudo, a IA generativa (capaz de criar conteúdos inteiramente novos) vai ser um sério golpe para estas indústrias nos próximos 5 anos. Ao todo, os criadores e trabalhadores humanos perderão em rendimentos 22 mil milhões de euros, dos quais 10 mil milhões serão perdidos pela música e os restantes 12 mil milhões dirão respeito aos audiovisuais. Por outro lado, os rendimentos da indústria baseada na inteligência artificial generativa vão crescer exponencialmente: passarão dos 3 mil milhões atuais para cerca de 64 mil milhões.

O problema, afirma a CISAC, é que estes maiores rendimentos para a IA não se traduzirão num aumento de rendimentos para trabalhadores humanos. De facto, grande parte da indústria da IA baseia-se no uso não-autorizado de conteúdos defendidos pelos direitos de autor, e não no empreendimento de seres humanos para desenvolver e trabalhar a área. Assim, o que se prevê é uma passagem de lucros de uma indústria para a outra nos próximos cinco anos.

A conclusão é que, embora tudo isto sejam previsões e não factos estabelecidos, o futuro próximo reserva um grande impacto negativo para os trabalhadores e autores humanos das indústrias da música e audiovisuais.

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