A série Shogun saiu este ano no Disney +. É uma adaptação do romance homónimo de 1975, escrito por James Clavell; além disso, é um remake cujo original remonta a 1980. E esta mesma série, feita no Japão sobre uma parte da História do Japão, foi um sucesso mundial inegável. Falada maioritariamente em japonês e elogiada pela sua autenticidade, a série ganhou, em setembro, 18 Emmys.
Este sucesso imenso teve uma consequência gira: os estúdios internacionais andam à procura de conteúdo japonês de qualidade. Claramente, o mundo gosta do Japão, da cultura nipónica e daquilo que ela pode oferecer. Por isso, os grandes monstros da indústria estão empenhados em encontrar mais Japão - e cada vez melhor. Em resposta, obviamente, os criadores nipónicos estão a tentar responder a esta procura.
Esta não é a única criação japonesa que teve grande sucesso no mundo ocidental. Drops of God e a versão da Netflix de One Piece são outros grandes sucessos entre o público ocidental. Shogun, porém, foi mais longe, pois tornou uma história de samurais (um tema tipicamente japonês), com uma atenção microscópica ao detalhe, num fenómeno mundial de massas. Por essa razão, tudo indica uma eventual viragem da indústria para o Extremo Oriente, para a profundidade e qualidade da produção artística japonesa.