O processo foi iniciado pelo próprio compositor, Toninho Geraes. Ele, que em 1995 criou com Martinho da Vila o sucesso “Mulheres”, acusou Adele de plágio na sua faixa “Million Years Ago”. Como tal, exigiu uma indemnização de um milhão de reais (mais de 154 000 euros) à cantora, ao produtor Greg Kurstin e às três editoras responsáveis. Isto foi em fevereiro.
Agora, dez meses depois, o juiz do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro decidiu a favor do compositor brasileiro, reconhecendo “similaridades” entre as melodias das duas canções. Por isso, foi determinada a suspensão imediata da reprodução de “Million Years Ago”, canção publicada em 2015. Isto significa que às filiais brasileiras da Sony Music e Universal Music, editoras responsáveis, se exige que “se abstenham, imediatamente e globalmente, de utilizar, reproduzir, editar, distribuir ou comercializar" a música gravada por Adele "por qualquer modalidade, meio, suporte físico ou digital, plataforma de streaming ou de partilha". Se incumprida a sentença, a multa a pagar será de 7.700 euros por dia de incumprimento.
Obviamente, as editoras podem recorrer. Mas, até lá, Adele vê reduzido o seu catálogo no Brasil. De lembrar que a canção também tinha gerado polémica na Turquia por os ouvintes terem notado semelhanças com a canção “Acilara tutunmak”, do cantor Ahmet Kaya. Ai Adele, Adele...
