Ainda ontem (dia 15), Drake retirou oficialmente as acusações feitas contra a UMG (Universal Music Group) e o Spotify de inflacionar de forma fraudulenta os números de “Not Like Us”, diss track de Kendrick Lamar contra o próprio Drake. E, agora que parecia querer fazer as pazes com a editora, lança-se num novo processo: difamação.
A razão é a promoção da canção de Lamar, em que este acusa Drak de ser um “Certified Lover Boy, certified pedophile” (um pinga-amor e um pedófilo comprovado). O processo, ontem iniciado em Manhattan, diz que isso é falso e que, já que a UMG o sabia, acabou por difamar o seu próprio artista pela ganância e a procura de lucro. Alegadamente, a promoção de Drake como um “pária” da indústria musical, daria lucro à empresa, o que a fez “lançá-lo aos lobos”.
O rapper ainda afirma que o diss track, embora completamente falso, teve consequências muito reais: ameaças online, violência física e até um tiroteio perto da sua casa em Toronto. E tantas e tão reais são as consequências que o artista já teme pela sua segurança e integridade física, da família e de amigos.
No entanto, os advogados de Drake sublinham que o processo é dirigido apenas contra a UMG, não contra Lamar. Em causa não estão as palavras escritas nem a canção publicada, mas sim a promoção em torno desta. O problema não é escrever mentiras, mas promovê-las para ganhar lucro à custa do difamado. Esta parece ser a lógica do rapper e dos seus advogados.
Como resposta, a UMG diz que as afirmações são “ilógicas”. Diz que nunca difamou qualquer indivíduo, muito menos um artista a si associado. Mas, mesmo assim, vai defender todos os seus artistas, e a si, e suas reputações contra acusações "ridículas", especialmente quando o que está em causa é apenas alguns versos numa canção.
Portanto, quando parecia que o assunto estava encerrado - eis que se abre mais um capítulo. E agora, para onde vamos?