O ator Jesse Eisenberg interpretou Mark Zuckerberg no filme A rede social, de David Fincher. Foi até um dos seus melhores momentos, já que por isso recebeu a sua primeira nomeação a um Oscar. Agora, que está novamente nomeado, mas como argumentista de A verdadeira dor, decidiu deixar bem claro que não quer ser associado ao magnata das redes sociais.
Numa entrevista dada terça-feira (dia 4) ao programa Today, da BBC Radio 4, o ator confessou que não segue de perto a trajetória de vida de Zuckerberg, até porque não quer pensar em si mesmo como “associado a alguém assim”. E o que é “alguém assim”? Eisenberg explica: “É mais algo do género de um indivíduo que… está a fazer coisas problemáticas. (...) A tornar as pessoas que já estão ameaçadas neste mundo ainda mais ameaçadas.” E acrescenta ainda: “Estas pessoas têm milhões e milhões de dólares, mais dinheiro do que qualquer pessoa humana já acumulou e o que estão a fazer com isso? Ah, estão a fazer isto para agradar alguém que prega o ódio”, referindo-se a Donald Trump, novo presidente dos EUA, e ao conjunto de magnatas da indústria da informação que a ele se têm vindo a associar. E, para concluir, declara-se “preocupado, tal como qualquer pessoa que lê um jornal”.
É esta a opinião de Jesse Eisenberg acerca da pessoa que retratou (e bastante bem) num dos seus filmes mais célebres. Não deixa de ser também uma crítica ao atual estado do seu país. Será que o presidente-executivo da Meta, ao saber disto, vai apagar as suas contas???
