Há quem fale em 2,1 milhões, há quem lance 2,5 milhões, mas mais ou menos milhares de pessoas não é relevante. O que importa é que no sábado, dia 3, Lady Gaga deu o maior concerto da sua carreira, e que este foi também o maior concerto que qualquer artista feminina alguma vez deu: no mínimo, dois milhões de pessoas assistiram ao seu espetáculo.
Este marco histórico foi feito na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, num espetáculo gratuito promovido pelo município. Em maio (um mês considerado de época baixa na "cidade maravilhosa") é já comum a organização de um concerto gratuito na praia de Copacabana, com o intuito de atrair gente e, desta forma, dar um reforço à economia da cidade. Ainda o ano passado a cidade recebeu Madonna - cujo concerto foi também, na altura, o maior de uma artista mulher. Este ano, a presença de Lady Gaga injetará (estima-se) quase 100 milhões de dólares na economia local. Porque sim: um concerto gratuito de uma das maiores estrelas mundiais atrai muita, muita, muuuita gente (como se vê), e muita dela vem de fora.
Mas nem tudo foi memorável pelas melhores razões. No dia seguinte ao espetáculo inesquecível, saiu igualmente a notícia de que a Polícia Civil do Rio de Janeiro fez dois detidos por suspeita de atentado com explosivos durante o concerto. Membros de um grupo que se organiza online, estes suspeitos andariam a recrutar pessoas para detonarem os explosivos dentro do recinto do concerto. A razão seria a forte ligação da cantora com a comunidade LGBT, contra quem este grupo propagaria discursos de ódio. Quando começamos a pensar nestas questões, talvez percebamos que um evento deste tamanho tem de ter muito em conta a questão da segurança. Neste caso, foram mais de cinco mil polícias, além de drones e aparelhos de reconhecimento facial. Infelizmente, estas medidas parecem mesmo ser necessárias...
Se, porém, deixarmos este incidente de lado, a noite parece mesmo ter sido um sucesso. Ainda para mais quando recordamos que Lady Gaga não ia ao Brasil desde 2012. Bem, agora voltou - e era impossível voltar melhor!