Sean “Diddy” Combs está envolvido em escândalo há meses.
Tudo começou a 16 de setembro, quando foi detido por acusações de abuso e coação sexual de mulheres, tráfico sexual e até extorsão, com o conluio de amigos e funcionários. Entre essas acusações, foi também alegado que o norte-americano teria silenciado as suas vítimas recorrendo a chantagem, violência física e até rapto ou incêndio. O magnata do hip-hop declarou-se (e ainda hoje se declara) “inocente” de todas as acusações. Na altura, os advogados de Combs pediram que fosse aplicado um regime de fiança, algo que, pela natureza das acusações, foi negado pelo juiz responsável. Desde então, “Diddy” encontra-se em prisão preventiva.
Na sequência desta detenção, e depois de algumas provas parecerem modificar a realidade dos factos ainda por apurar, os advogados do cantor entregaram um pedido de fiança para o seu cliente. Este é já o terceiro pedido de fiança durante o processo - e o terceiro a ser recusado.
Na base da recusa está o perigo que constituiria para a comunidade a libertação do preso, ele que está a ser acusado justamente de extorquir, chantagear e coagir pessoas - e o que o impediria de, uma vez fora da prisão, fazer tudo isso mais uma vez, mas dirigido a jurados ou pessoas envolvidas na acusação? Além disso, o tribunal não parece estar convencido de que o artista não fuja do país assim que puder. Por estas razões, o regime de prisão preventiva manter-se-á, à partida, até ao julgamento, marcado para 5 de maio de 2025.