"Inovação" tem sido uma das palavras de ordem ao longo da última década no percurso de Mário Cotrim. Esse combustível continua, por isso, a alimentar a veia criativa de ProfJam, que após o lançamento do seu último trabalho a solo, procura agora concretizar parte do que projetou em MDID - Música de Intervenção Divina.
Como cabeça de cartaz do primeiro dia do festival Sumol Summer Fest, o rapper trouxe ao novo recinto (este ano deslocado da Ericeira para a Costa da Caparica) um espetáculo inédito, mesmo para aqueles que acompanham as performances do MC desde a apresentação de TBBT (The Big Banger Theory), em 2015, à saída do metro de Telheiras - precisamente no local que, oito anos depois, escolheu para a listening party do seu mais recente álbum.
A concretização do novo álbum em palco não descurou a passagem pelos projetos anteriores, não só com a nova versão de "Além" acompanhada pelo instrumental de "Shook Ones, Pt. II" no início, como também com os destaques registados em momentos proporcionados por "TRIBUNAL", "Tou Bem", "Saca Lá" ou "Água de Côco" - sem esquecer a memorável receção do público a "JAMANTAH", a última faixa que encerra MDID.
No entanto, a diferença foi marcada pelo formato delineado para o primeiro concerto desta temporada. ProfJam foi acompanhado por três bailarinas e três bailarinos, coordenados por Amélia Bentes - coreógrafa e intérprete dos quadros da Companhia Nacional de Bailado, que também é professora de dança contemporânea na Escola Superior de Dança - e ritmados por Mike El Nite, responsável habitual pela assistência direta ao protagonista no palco.
Agora, segue-se o Rolling Loud, hoje, dia 5, onde se estreia como um dos poucos artistas portugueses convocados para a segunda edição do festival norte-americano em Portugal.