O segundo filme da saga emblemática "Top Gun: Maverick" deu origem a um processo judicial e corre mesmo o risco de ser retirado das salas de cinema. Em causa estão os direitos de autor que poderão não ter sido readquiridos à família do autor que inspirou o filme original.
A família de Ehud Yonay, autor que inspirou o primeiro filme "Top Gun", colocou, na segunda-feira, um processo contra os estúdios Paramount Pictures por violação de direitos de autor, no Tribunal Federal de Los Angeles, nos Estados Unidos (EUA).
"Top Gun" foi originalmente escrito e posteriormente publicado na "California Magazine" em maio de 1983 por Ehud Yonay. Três anos depois, esse artigo daria origem ao primeiro filme da sequela "Top Gun: Ases Indomáveis". Na altura, a produtora Paramount Pictures comprou os direitos de autor e atribuiu o devido crédito a Ehud.
A 27 de maio de 2022, quase quatro décadas depois (36 anos) estreou o novo filme "Top Gun: Maverick" e a família de Ehud Yonay refere, agora, que os estúdios ignoraram as leis em vigor, ao negligenciarem que os direitos seriam revertidos para os herdeiros. De acordo com a queixa enviada para o tribunal, para a concretização deste filme, a produtora não tentou readquiri-los, conforme avança o jornal The Guardian.
A Paramount garante que "essas afirmações são feitas sem fundamento, e vamos defender-nos de forma vigorosa".
Da ação, a viúva Shosh Yonay e o filho Yuval Yonay esperam receber uma indemnização, parte do lucro do filme e impedir a sua distribuição e a produção de futuros filmes da sequela. Uma vez que o filme já está a ser exibido pelo mundo, os herdeiros de Ehud esperam que seja retirado das salas de cinema.
"Top Gun: Maverick", protagonizado por Tom Cruise, é já um dos maiores sucessos nas bilheteiras, ultrapassando todas as expectativas e arrecadando cerca de 510 milhões de dólares a nível mundial nos primeiros 10 dias de exibição. Em Portugal, a estreia do novo filme é já a segunda melhor do ano.
