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Alive: um histórico de estreias em Portugal

Alive: um histórico de estreias em Portugal

Festival de Algés tem sido pródigo no batismo de grandes nomes internacionais nos palcos cá do burgo. Taylor Swift é a próxima estreia.

A vinda de Taylor Swift ao Alive em 2020 é mais uma estreia ao vivo em Portugal que se dá no festival, já com um grande histórico em batismos ao vivo desde a primeira edição, em 2007. É a altura certa para passarmos em revista as estreias no Passeio Marítimo de Algés de músicos que nunca cá tinham vindo.  

2007
Vintes anos depois de se terem tornado estrelas mundiais, os Beastie Boys finalmente aterraram em solo português para entreter o público nacional, com o seu hip hop avivado de humor. Vieram com visual de gangsters e ainda proporcionaram um concerto instrumental na noite seguinte, na Aula Magna, em Lisboa. Outro furo do Alive logo na sua primeira edição foi o de ter trazido os White Stripes, uma das bandas mais desejadas nos anos anteriores por outros festivais tugas. Em boa hora, a dupla de Jack e Meg White veio. Na altura, não sabíamos mas os White Stripes estavam a cumprir a sua última digressão mundial. Por uma vez em Portugal, não se cantou apenas 'Seven Nation Army' nas comemorações de golos em estádios de futebol. Foi ali em frente ao casal White, em Algés, na noite ventosa de 9 de junho de 2007.  


2008
Um dos nomes indie cimeiros deste século, os MGMT pisaram o seu primeiro palco nacional no Alive, no barracão do Palco Heineken. Nessa altura, tinham apenas um álbum para mostrar, o adorado "Oracular Spectacular", já um disco de referência do eletropsicadelismo. 'Electric Feel', 'Time To Pretend' e 'Kids' fizeram-se ouvir em Algés, mas de forma mais comedida que em disco.

2009
O maior palco coberto do Alive, na altura designado como Heineken, tem uma longa história de enchentes. Esta estreia nacional dos Ting Tings foi só mais uma delas, com as temperaturas do espaço a subirem a pique com 'That's Not My Name'.


2011
A edição de 2011 foi uma fartura de batismos em série, um deles de um nome histórico do rock alternativo, os Jane's Addiction, com um concerto colossal da banda de Perry Farrell e de Dave Navarro no palco maior. O veterano dos blues vadio, Seasick Steve, fez um figurão no coberto Palco Heineken, que se tornou num lindíssmo bosque quando passaram por lá outros estreantes, os prestigiados folk-rockers Fleet Foxes. Apareceram também pela primeira vez no horizonte ao vivo nacional mais dois nomes que se tornaram visita recorrente em Portugal: a fogosa Anna Calvi, frente a muitas poucas pessoas, e James Blake, ambos no Palco Heineken.

 

2012
Os Mumford & Sons são mais um nome sonante para o quadro de honra de estreantes no Alive. Gaspard Augé e Xavier de Rosnay dos Justice já dominam a rota festivaleira portuguesa mas tudo começou no festival de Algés, na mesma edição em que dois outros nomes de culto indie fizeram o seu debute por cá: os hardcore-punks suecos Refused e os intimistas Mazzy Star, estes últimos numa belíssima comunhão com a escuridão.

 

2013
Quase ao mesmo tempo, em dois palcos vizinhos, o Clubbing e o Heineken, Jessie Ware e o numeroso gangue Edward Sharpe and The Magnetic Zeros sentiam pela primeira vez a generosidade do público nacional. Mereceu festa (ou mesmo festejo) em ambos os palcos, com beats de eletrónica, no caso de Jessie Ware, ou com batidas em tambores, no caso da caravana folk de Edward Sharpe and The Magnetic Zeros.

 

2014 
Sam Smith, que já é uma estrela pop que atua na gigante Altice Arena, estreou-se ao vivo em Portugal no Alive, no coberto Palco Heineken. Dos seus tempos de imagem mais forte, o cantor inglês ainda não tinha créditos de palco maior, mas já tinha público, numa das maiores enchentes de que há memória naquele hangar do Passeio Marítimo de Algés. Voltou um ano depois ao Alive, como cabeça-de-cartaz. Também os aguerridos indie-rockers Parquet Courts aterraram pela primeira vez em Portugal, com ordem para a carrinha os levar para o festival de Algés.


2015
"Enquanto o vocalista Jason Williamson pragueja contra tudo e todos, o programador Andrew Fearn dança levemente de copo de cerveja na mão e olhar atordoadamente ébrio. Jason Williamson, sempre a coçar-se, tem a ira de Mark E Smith (dos Fall) e de John Lydon (dos Sex Pistols). Ele é a Inglaterra a desabafar os seus problemas sociais e a falar a verdade. Jason Williamson é o contraditório do seu primeiro-ministro David Cameron”, é assim que a nossa reportagem descreve o concerto de estreia em Portugal dos pós-punks Sleaford Mods. Adivinhem onde foi essa estreia?


2016
Uma das bandas rock mais aclamadas pela imprensa britânica, os Wolf Alice, faz igualmente parte desta lista, num batismo no Palco Heineken onde, claro, tocaram 'Lisbon'.


 

Gonçalo Palma

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