O julgamento federal contra Sean "Diddy" Combs conheceu esta semana mais um testemunho chocante: Bryana “Bana” Bongolan, ex-designer gráfica do artista, acusou o rapper de a ter pendurado pelo corrimão de uma varanda no 17.º andar, durante um ataque de raiva em setembro de 2016, em Los Angeles.
“Eu estava com medo de cair”, disse Bongolan, de 33 anos, perante o júri em Manhattan. Segundo a testemunha, o episódio durou entre 10 a 15 segundos e deixou-lhe sequelas físicas e psicológicas, nódoas negras, dores no pescoço e pesadelos recorrentes.
A agressão terá ocorrido no apartamento da cantora Cassie (Casandra Ventura), então namorada de Combs. Bongolan contou que tentava agir naturalmente na varanda, enquanto escondia a ex namorada na casa de banho, quando o rapper a agarrou. Cassie confirmou o episódio em depoimento anterior.
A defesa de Combs tentou descredibilizar Bongolan, apontando o seu histórico de consumo de drogas. A testemunha admitiu ter usado substâncias com Cassie e o próprio Combs, mas negou estar sob efeito no momento do incidente.
Bongolan é uma das várias testemunhas com imunidade judicial, num julgamento que pinta um retrato perturbador da conduta do magnata do hip-hop. Entre os testemunhos, há alegações de violência física, ameaças, e festas alimentadas por drogas e abusos. Cassie, que depôs durante quatro dias, descreveu centenas de episódios de violência.
Combs, de 55 anos, nega todas as acusações e enfrenta penas que podem ir de 15 anos à prisão perpétua. A próxima grande testemunha será uma mulher identificada apenas como “Jane”, que afirma ter sido forçada a participar em maratonas sexuais sob coerção e influência de drogas.
