Bully devia sair só daqui a uns meses. Mas Kanye West mudou de planos e decidiu lançá-lo ontem (dia 18), e anunciá-lo apenas através do X. Mas, em vez de um LP convencional (com uma capa oficial, uma track list e afins), recebemos antes um filme. Este Bully é, parece, um "álbum visual" que está disponível, até agora, apenas no site Frame.io. Na verdade, mais ou menos. Através do antigo Twitter, o rapper afirmou que o álbum ainda não está totalmente concluído e que este lançamento é, acima de tudo, uma prova de gosto do público, para testar as águas das reações. Além disso, anunciou três versões diferentes do filme-álbum: a "screening version", a "post Hype version" e a "post post Hype version". Porém, até ao momento parece que apenas a primeira está disponível.
O filme, realizado por Hype Williams, conta com a participação do filho de West, Saint West. Durante cerca de 30 minutos, Saint afasta agressores e lutadores de wrestling. Ao fundo, toca Bully.
Ora, tudo isto é por si só estranho. Acrescente-se agora que a publicação foi ofuscada pela reação do público a uma série de tweets que o artista fez poucas horas depois. Naquele que é já (infelizmente) o seu estilo, Ye escreveu mensagens em que se declara "malvado", admite que bate em mulheres e utiliza linguagem ofensiva dirigida a vários grupos de pessoas - entre outras coisas. E a verdade é que estes comentários começam a custar-lhe caro. A onda que surgiu nos comentários foi decisivamente contra si, e mesmo os fãs mais ferranhos vão perdendo a capacidade e a vontade de o apoiar. Como diz um comentário (neste aspeto, significativo), "está a tornar-se cada vez mais difícil apoiar-te".
No meio de tudo isto, o futuro de Bully é incerto. Sairão mais versões, noutras plataformas e formatos? Ficará por aqui? Tudo questões que a seu tempo deverão ser respondidas.