Muitos recordarão, na série A Guerra dos Tronos, o lobo-gigante. Companheiro de Jon Snow e símbolo da casa Stark, o animal era uma criatura mágica e mítica. No entanto, talvez poucos saberão que o lobo-gigante foi de facto uma espécie de animais real, que deambulou pelo nosso planeta até a sua extinção há cerca de 10.000 anos atrás. Porém, foi ontem anunciado que a extinção do lobo-gigante é uma coisa do passado.
E como pode isto ser possível? Como pode uma espécie extinta há mais de 10.000 anos "desextinguir-se"? A empresa Colossal Biosciences engarregou-se deste projeto e foi capaz de, através de modificações genéticas derivadas de ADN de alguns fósseis (deixemos os pormenores científicos de parte), dar vida a três lobos-gigantes crias: Rómulo, Remo e Khaleesi. Esta é, tudo leva a crer, a primeira desextinção da História, a primeira vez que uma espécie extinta volta a existir. E na rede social X a empresa veio anunciar em primeira mão os resultados do seu projeto. Vê aqui a publicação e ouve "o primeiro uivo de um lobo-gigante em 10.000 anos".
Mas, além da estupefação geral que este passo científico cria - e que é digno de qualquer livro de ficção científica -, há também preocupações sérias e boas intenções na base deste projeto. Porque este método de criar animais pode ser utilizado, mais do que para desextinguir espécies desaparecidas há dezenas de milhares de anos, para impedir a extinção de espécies já existentes. Esse parece ser, no fundo, o verdadeiro objetivo da Colossal Biosciences. E se é claro que não podemos deixar de pensar sobre os perigos de deixar espécies extintas andarem à solta por aí, a mera possibilidade de extinguir a própria extinção é, no mínimo, fascinante.